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Suinocultura independente: última semana do mês, preços ficam estáveis ou com quedas, enquanto custos de produção sobem

Suinocultura independente

Lideranças esperam que a virada para fevereiro e não realização de festas de Carnaval traga preços melhores para o setor

O mês de janeiro, já conhecidamente ruim de vendas para as carnes em geral, termina para a suinocultura independente trazendo preços estáveis ou em queda. A situação preocupa lideranças, uma vez que a movimentação de recuo nos valores do animal vivo ocorre ao mesmo tempo que a alta nos preços de milho e farelo de soja.

Em São Paulo o preço do suíno vivo nesta quinta-feira (27) ficou estável em R$ 5,33/kg, com acordo entre frigoríficos e suinocultores, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). De acordo com o presidente da entidade, VAldomiro Ferreira, o mercado manteve estabilidade observando que houve uma pequena diminuição no peso dos animais, sinalizando o início de uma curva para diminuir o excedente de carne suína no mercado.

No mercado mineiro, houve manutenção do valor de R$ 5,20/kg vivo, de acordo com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), entretanto, não houve acordo entre frigoríficos e produtores. Segundo o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles, como é típico dos meses de janeiro, há lentidão a mais no mercado.

“É comum os compradores se moderarem as compras. As expectativas estão voltadas para o mês novo que se inicia e o natural maior dinamismo no mercado”, disse.

Santa Catarina registrou recuo nesta quinta-feira, saindo de R$ 4,91/kg vivo para R$ 4,81/kg vivo, conforme dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). Para o presidente da Associação, Losivanio de Lorenzi, “os custos subindo e chegando a valores absurdos, ao mesmo tempo em que o preço do suíno está em queda, faz com que a atividade esteja descendo no precipício”.

No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 20/01/2022 a 26/01/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 4,60%, fechando a semana em R$ 4,67.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 4,57”, informou o reporte do Lapesui.

O mercado gaúcho, que negocia os animais no mercado independente às sextas-feiras, registrou queda, passando de R$ 5,49/kg vivo para R$ 5,34/kg vivo na última sexta-feira (21), de acordo com a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).

“Trata-se de uma questão mercadológica. Temos um excesso de produção e oferta e uma demanda que, apesar do consumo do mercado interno e exportações em volumes bastante expressivos, não é suficiente para escoar a produção. O produtor independente é o que mais está sentindo os reflexos da crise”, comenta Valdeci Folador, presidente da instituição.

Por:

Letícia Guimarães

Fonte: Notícias Agrícolas