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O que é cooperativismo e qual é a importância dele para o agronegócio?

Agronegócio

O cooperativismo elimina intermediários na cadeia produtiva agropecuária e garante melhor remuneração para produtores rurais

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O cooperativismo se destaca pela sua participação no setor agropecuário. De acordo com a Forbes, entre as 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro, 15 são cooperativas. Saiba o que é e como funciona esse modelo de negócio que elimina intermediários para garantir uma maior remuneração aos produtores rurais.

O que é cooperativismo?

O cooperativismo é um modelo de organização em que as pessoas com interesses em comum se reúnem para obter vantagens naquilo que não conseguiriam sozinhas. O conceito visa garantir o desenvolvimento socioeconômico, proporcionando melhores oportunidades para seus associados. Dessa maneira, os trabalhadores também são donos do próprio negócio.

Nas cooperativas, os associados se apoiam para alcançar os objetivos propostos. O modelo de negócio busca promover a igualdade entre os associados e, dessa forma, seus membros têm direitos e deveres comuns, como a participação nas atividades desenvolvidas e a possibilidade de ser eleito para o conselho de administração.

Como funciona uma cooperativa rural?

Cooperativa

Todos os membros da cooperativa têm direito de votar nas decisões importantes do negócio – (Fonte: Shutterstock/F Armstrong Photography/Reprodução)

A cooperativa rural é criada a partir da união de vários produtores agropecuários de atividades similares e/ou complementares para ampliar a sua produção, dividir o trabalho, as funções e o excedente financeiro resultante das operações. Não existe um chefe na cooperativa. O negócio é administrado de forma conjunta e democrática.

A organização funciona como uma central onde ocorre o armazenamento, beneficiamento e distribuição dos produtos de seus associados. Essa concentração provoca um ganho de escala, ao reduzir os custos de produção com a compra de insumos e maquinários mais baratos. Além disso, dessa forma, os produtores conseguem ganhar mais competitividade, repassando os produtos com preços mais baixos para o consumidor final.

Quais são as vantagens das cooperativas agropecuárias?

As cooperativas rurais funcionam como um local favorável ao intercâmbio de experiências e conhecimento. Essas organizações costumam oferecer assessoria técnica, o que possibilita uma atualização mais rápida de tecnologias.

Ao associar diversas pessoas em uma mesma operação, o cooperativismo reduz os riscos inerentes à produção agropecuária, que muitas vezes seriam difíceis de serem assumidos individualmente pelo produtor.

Além disso, as cooperativas agrícolas garantem os direitos trabalhistas dos produtores rurais, como recolhimento de contribuição previdenciária e do Fundo de Garantia de Tempo do Serviço (FGTS), férias, 13° salário, assistência educacional e médica.

Qual é a importância das cooperativas agrícolas?

Cooperativas agrícolas

As cooperativas respondem por meta do PIB agropecuário brasileiro –  Foto: iStock/Mapa

O Brasil tem 1,6 mil cooperativas agrícolas, que congregam 181 mil produtores associados e empregam mais de 1 milhão de trabalhadores rurais. O cooperativismo responde por 48% de toda a produção agrícola nacional, de acordo com o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As cooperativas rurais estão presentes em várias cadeias produtivas, como grãos, fibras, carnes e lácteos, sendo responsáveis por operações que visam ao fornecimento e à comercialização dos produtos de seus associados. O modelo de negócio gera economia de escala, agrega valor à produção e estimula uma concorrência justa no mercado.

Quais são as maiores cooperativas do agronegócio?

A maior cooperativa do País é a Copersucar, a maior exportadora brasileira de açúcar e a maior plataforma global de biocombustíveis. A cooperativa tem receita líquida de R$ 28 bilhões, comercializa mais de 4 milhões de toneladas de açúcar e 4 bilhões de litros de etanol.

No setor, também merecem destaque a Coamo, com receita anual de R$ 15 bilhões e responsável por 3% da produção de grãos como soja, milho, trigo, café e algodão em pluma; e a Aurora, terceiro maior conglomerado industrial do setor de carnes, que fatura cerca de R$ 9 bilhões por ano.

Fonte: Jornal da USP

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