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Vai ser possível ligar ou desligar genes?

Controle Genético das Plantas Daninhas

Foto: Controle Genético das Plantas Daninhas – Foto: Revista Campo e Negócios

Futuro da Agricultura e Pecuária

Há também grandes expectativas de que a edição genômica ajude a aumentar a população de animais que produzam leite de melhor qualidade nutricional ou que iniba a secreção de proteínas alergênicas, como a beta-lactoglobulina.

Por essa técnica conseguiu-se a introgressão do alelo dominante mocho, da raça Angus, que evita chifres, em células de animais da raça Holandesa, de maneira que os animais gerados nasceram mochos. Isto evita o doloroso procedimento de descorna e contribui para o bem estar dos animais.

 

Uma última grande e determinante convergência se dá na integração da biotecnologia, notadamente as ciências “ômicas”, com a informática, gerando a bioinformática. A evolução da genômica, da transcriptômica, proteômica, e metabolômica, além da análise fenotípica em larga escala dos mais variados organismos, oferece grandes volumes de dados, notadamente em razão do vasto sequenciamento de genes e da identificação das características complexas que eles controlam.

A análise, interpretação, avaliação desses dados em busca de predição e modelagem de novas sequências de genes e de suas funções biológicas, requerem o apoio da estatística, da matemática, da computação e de estratégias de aprendizagem de máquina para estudos de interações gênicas que deverão impactar a produção agrícola, em áreas como nutrição, sanidade e melhoramento genético, resultando em produtos com maior qualidade nutricional e segurança.

O uso da bioinformática para avaliação do patrimônio genético presente no Brasil, não só das espécies de valor econômico conhecido, mas sobretudo da biodiversidade tropical ainda não avaliada reserva grande potencial para o desenvolvimento de produtos agrícolas de alto valor agregado, tornando-se um diferencial para o negócio agrícola do país.

A digitalização da produção agrícola, no Brasil e no mundo, implica a criação de um mercado agrícola digital, transformando as relações de toda a cadeia produtiva porque permitirá melhor compartilhamento de informações entre fornecedores de insumos, produtores de alimentos, fibras e energia, distribuidores, varejistas, processadores, industrias de serviços de apoio e consumidores.

Algoritmos e outras soluções digitais vão auxiliar as decisões de produtores e consumidores, conferindo maior eficiência ao sistema de trocas, aumentando a customização dos produtos e reduzindo desperdícios.

Estima-se que contratos digitais e criptomoedas reduzirão os custos da intermediação. Maior foco no usuário final, com redução contínua no custo de disponibilização, permitirá que provedores locais de pequena escala sejam mais inovadores e explorem novos nichos de mercado.

Fonte: Embrapa

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