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Vamos entrar em uma nova era do Estado Gigante?

Vamos entrar em uma nova era do Estado Gigante?

Estado gigante

O Estado, segundo os liberais, deve ser mínimo. E o que vislumbramos nestes últimos dois anos é o crescimento. Portanto, o extremo oposto. Essa situação pode ser visualizada com o tamanho do gasto dos governos na pandemia: 17 trilhões de dólares, chegando ao montante de 16% do PIB mundial. E esses valores estão concentrados nos países de primeiro mundo liberais. E a expectativa é que haja um crescimento ainda maior do Estado nas próximas décadas. Um dos fatores determinantes para isso é que a população está envelhecendo e isso significa um gasto maior do Estado com saúde e com pensões e aposentadorias.

No longo prazo, existe um risco representativo de aceleração da burocracia, fracasso das instituições e corrupção. Assim as pessoas ficariam mais pobres e menos livres. Essas seriam as consequências esperadas para os próximos anos. Uma das situações que corroboram esses fatos é que temos visto casos de corrupção nos governos que estão se aproveitando da ocasião para intensificar as suas ações para se dar bem com uma boquinha do governo.

Outro fator é o aumento dos custos de serviços que são prestados pelo Estado como saúde e educação. Esse fato por si só já garante que o Estado tenha um custo crescente e maior do que o próprio crescimento da economia. Assim temos outro gargalo. E temos o caso da crescente demanda pelos serviços do Estado como gastos com saúde mais rebuscados e com a amenização dos efeitos climáticos.

Não há mágica a ser feita. O Estado vai aumentar cada vez mais. Os governos existem para atender as demandas da sociedade que são prometidas nas campanhas eleitorais. E atendimento dessas demandas é que torna os governos legítimos. O curioso é que percebemos que os governos liberais que defendem uma atuação limitada do Estado, na realidade, estão cada vez maiores. Então precisamos rever qual deve ser a atuação do Estado já que não existe almoço grátis. Isso significa promover a atuação do mercado na economia e as ações que afetam a mudança climática precificada para incentivar a redução da poluição. Não podemos perder de vista que o Estado precisa ser eficiente.

Colunista Dasy Assmann

Fonte: Texto baseado no artigo da Economia de 20 de novembro de 2021 intitulado “The world is entering a new era of big government”